O ABS está presente em nosso dia a dia em uma diversidade de aplicações. Desde produtos que exigem alta resistência mecânica e promovem a segurança como, por exemplo, o capacete automotivo que tem um papel bastante importante em acidentes, até aplicações menos exigentes.
Os benefícios são muitos, facilidade de moldagem, resistência ao risco e ao amassamento, amortece ruídos e impactos, permite fabricação de peças complexas em menor tempo, baixos custos de produção. Além disso é recomendada para o processo de cromação de peças plásticas por apresentar boa adesão ao material metálico, além de estabilidade dimensional (baixa deformação), bom aspecto superficial e brilho eliminando assim a necessidade de pintura ou tratamento superficial, afinidade com outras resinas como PC, PVC, PA, PMMA, PBT.
O ABS
A resina ABS é obtida por meio da copolimerização (figura x) entre o Acrilonitrila, o Butadieno e o Estireno. É uma das resinas de engenharia mais consumidas. Segundo o perfil da Abiplast, representam em torno de 16,2% das resinas mais consumidas no Brasil dentre os plásticos de engenharia. Na figura abaixo é possível observar a estrutura química de cada componente
Fonte: Adaptada por Louise, livro Plásticos de Engenharia, Hélio Wiebeck e Júlio Arada.
Um dos fatores que tornam o ABS umas das resinas mais consumidas é a combinação de propriedades mecânicas, térmicas, elétricas e químicas que esta resina possui. A proporção dos componentes acrilonitrila, butadieno, estireno que impactará e resultará em diferentes graus de propriedades.
Mas o que isso significa na prática?
Como podemos observar no esquema abaixo cada componente tem algumas características. Exemplo: umas das principais características no acrilonitrila é sua resistência mecânica, do butadieno resistência ao impacto e do estireno processabilidade, por exemplo. É exatamente isso que permite um ABS ser aplicado desde uma peça que exige alta resistência ao impacto ou ao calor, a uma peça menos exigente tecnicamente mas que requer um bom acabamento superficial e brilho.
Fonte: Adaptada por Louise, livro Plásticos de Engenharia, Hélio Wiebeck e Júlio Arada.
Em outras palavras o ABS por ser usado desde o segmento automotivo (capacetes), bens de consumo (malas de viagem), eletrodomésticos (linha marrom, branca, portáteis e ar condicionado) a brinquedos e instrumentos musicais. Esta versatilidade se aplica também aos processos de transformação, como: injeção, extrusão, termoformagem e sopro.
No mercado encontramos o ABS de uso geral, de alto fluxo e alto impacto, por exemplo, ou grades especiais como o ABS transparente (transparent), com retardante a chamas (flame retardant) e resistente ao calor (heat resistence).
ABS reciclado pós-consumo
O ABS, pode ser reciclado e ser de fonte industrial (PIR) ou pós-consumo (PCR). O reciclado pós-industrial é proveniente de aparas produzidas durante o processo de transformação e fabricação dos produtos. Já o pós-consumo é proveniente de peças/carcaças dos segmentos anteriormente citados de produtos que já foram utilizados pelo consumidor final.
Estes resíduos pós-consumo, podem ser recuperados via reciclagem mecânica, por exemplo, onde resumidamente serão separados, moídos e transformados em grãos novamente, para a fabricação de peças (injeção) ou produção de compostos via extrusão. Este ABS pode ser adicionado a uma formulação a fim de substituir uma parte ou 100% de resina virgem por resina reciclada, ou ter suas propriedades alteradas de acordo com as exigências da aplicação.
A Eixo Snetor Brasil está desenvolvendo seu portfólio de ABS reciclado pós-consumo, junto a fornecedores certificados, o que garante a rastreabilidade dos materiais plásticos (ao longo de todo o processo de reciclagem e na cadeia de suprimentos) e na qualidade do conteúdo reciclado no produto final. O que é bem importante para garantir as propriedades da resina e que atenda às exigências do produto final.
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Fontes:
Perfil Abiplast 2020.
Plásticos de Engenharia – Hélio Wiebeck e Júlio Arada.